quinta-feira, 14 de junho de 2007

Os Vídeos



Pessoal,
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Já estou transformando os vídeos para o formato adequado e colocando no YouTube, conforme havia dito a vocês.
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Já coloquei no YouTube um vídeo sobre moluscos (http://www.youtube.com/watch?v=IbTRsE_L3O0) e estou agora adionando a segunda parte desse tópico.
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Visitem o vídeo e me digam o que acharam!
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Como a colocação desses vídeos no site é um processo muito lento e trabalhoso, vou levar todo o dia conseguir adicionar todos os seus vídeos. Tenham, portanto, um pouco de paciência!


Vou colocar o link dos vídeos aqui, mas de qualquer forma, você pode buscar os vídeos no YouTube pelas palavras-chave CIC-Passos ou Jerry.









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segunda-feira, 11 de junho de 2007

Prova de Bloco


Pessoal,


Como vocês já sabem, teremos nessa sexta-feira (15 de Junho) a PROVA DE BLOCO de biologia.





A matéria dessa avaliação será:

1) Filo Molusca

2) Filo Artropoda

3) Filo Equinoderma

4) Desenvolvimento Embrionário


Vocês devem estudar na Apostila, no livro-texto, assim como nas suas anotações feitas em classe, no resumo do Sézar e César que entreguei e nos resumões do blog.


Quero lembrar também que faremos uma aula de revisão na quarta-feira (13 de Junho).



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domingo, 10 de junho de 2007

Filo Arthropoda


INTRODUÇÃO


Aranhas, escorpiões, carrapatos, caranguejos, moscas, borboletas, baratas e centopéias são alguns dos animais mais comuns do planeta.




Formam o filo Arthropoda (do grego arthros = articulação; podos = pés), de estreita relação com o homem.





Se o número de espécies pudesse ser usado como indicador de sucesso de um grupo animal, os artrópodes poderiam ser considerados os dominadores do mundo, pois superam em diversidade todos os outros grupos animais reunidos. É, portanto, o maior dos grupos zoológicos, tanto em diversidade de formas como em número de indivíduos. Contém a grande maioria dos animais conhecidos, compreendendo cerca de 1 milhão de espécies já descritas, mas há estimativas que propõem um total de 10 milhões de espécies.





A enorme variedade permite a sobrevivência dos artrópodes em todos os ambientes. É praticamente impossível encontrar um local não habitado por pelo menos um artrópode. Para que se tenha idéia da diversidade de hábitats que apresentam, pode-se dizer que foram encontrados artrópodes em montanhas, em altitudes superiores a 6000 metros, assim como em profundidades oceânicas de até 9500 metros.






Há formas adaptadas para a vida no ar, na terra, no solo e em água doce e salgada. O grupo inclui os insetos, únicos invertebrados voadores.



Entre os artrópodes, há espécies parasitas de plantas e de animais, que causam ou transmitem doenças. Vários tipos de insetos exibem organizações sociais, com divisão de trabalho entre os diversos componentes.





Alguns são importantes economicamente: caranguejos, camarões e lagostas, por exemplo, servem de alimento ao homem; as abelhas apresentam uma série de utilidades, com destaque para a produção de mel; as larvas da mariposa Bombyx mori (o bicho-da-seda) produzem casulos de seda durante seu desenvolvimento, que são utilizados na industria têxtil.





Muitos apresentam grande importância ecológica, como os microcrustáceos, principais herbívoros marinhos e participantes destacados das cadeias alimentares, que sustentam animais maiores, além de insetos e aranhas, que servem de alimento para muitos vertebrados terrestres.





Quanto ao tamanho, existem crustáceos, insetos e carrapatos com menos de 1 milímetro de comprimento.




Por outro lado, conhecem-se formas fosseis com 3 metros de comprimento e, entre os organismos viventes, há um caranguejo japonês, Macrocheira kaempferi, que, com suas patas delgadas, alcança uma envergadura de 4 metros. Há lagostas no oceano Atlântico que chegam a 60 cm de comprimento e 15 quilos de peso. Entretanto, são exceções, pois, de uma forma geral, o tamanho dos artrópodes é limitado pelas características de seu organismo.






CARACTERÍSTICAS GERAIS





Apesar da enorme diversidade de formas que este filo apresenta, existem algumas características que são comuns a todos os seus membros:
• o corpo é sempre revestido por um exoesqueleto endurecido contendo quitina (um polissacarídeo), que é trocado periodicamente, permitindo o crescimento do animal;







• são segmentados, mas a metameria é mais evidente na fase embrionária, pois no adulto há tendência à fusão de segmentos, originando partes definidas do corpo, como cabeça, tórax e abdome (entretanto, a segmentação do adulto aparece claramente nos apêndices, na musculatura e no sistema nervoso);


• apresentam patas e outros apêndices articulados (daí o nome do filo), formados por vários segmentos ou artículos, unidos por juntas moveis, facilitando bastante a locomoção;





• são dotados de simetria bilateral, adaptativa para animais que exploram seu ambiente;



• possuem uma cavidade corpórea, o celoma, mas extremamente reduzido;




• apresentam, em sua maioria, alto grau de concentração e desenvolvimento do sistema nervoso central e dos órgãos sensitivos, o que permitiu, em alguns grupos, a existência de padrões de comportamento complexos, inclusive organizações sociais.



O registro fóssil do grupo é bastante amplo, mas não apresenta formas que unam os vários tipos de artrópodes, o que dificulta o estabelecimento da origem e da evolução do filo. Entretanto, a maioria dos cientistas concorda que há ligações entre artrópodes e anelídeos, possivelmente tendo existido um ancestral comum aos dois grupos. Isso é reforçado pelo fato de que existem muitas identidades, como a existência de segmentação, a presença da cutícula secretada pela epiderme e as semelhanças nos sistemas digestivo e nervoso.







Existe um pequeno grupo de animais, o filo Onycophora (do grego onychos = garra; phoros = portador), com cerca de 70 espécies, cujos representantes apresentam uma mescla de características dos artrópodes e anelídeos. A espécie mais semelhante é Peripatus capensis, encontrado em locais escuros e úmidos. De forma semelhante aos anelídeos, possuem o corpo mole e alongado, nefrídeos segmentares funcionando como órgãos excretores e apêndices semelhantes aos parapódios dos poliquetas. Entretanto, não apresentam septos internos e suas mandíbulas e antenas se parecem com as dos artrópodes. São carnívoros e alimentam-se de vermes e insetos. Acredita-se que um provável ancestral de anelídeos e artrópodes poderia ser como os atuais onicóforos.



CLASSIFICAÇÃO

A classificação dos artrópodes reflete a grande diversidade do filo. Isso a torna bastante complexa, envolvendo inúmeros grupos e subgrupos taxonômicos. O que veremos a seguir é uma simplificação desta classificação, na qual os artrópodes atuais podem ser divididos em:


1) Classe Insecta : Os INSETOS têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. Apresentam um par de antenas e três pares de patas. Podem ter asas, sendo os únicos invertebrados capazes de voar. Representam cerca de 90% de todos os artrópodes (aproximadamente 900 mil espécies). Entre os representantes mais conhecidos, podem ser citados os gafanhotos, formigas, besouros e borboletas.




2) Classe Arachnida : Os ARACNÍDEOS possuem quatro pares de patas e uma clara divisão corporal em cefalotórax (cabeça fundida ao tórax) e abdome. São desprovidos de antenas e dotados de quelíceras, apêndices anteriores em forma de presas. Seus representantes mais destacados são os escorpiões, aranhas, carrapatos e ácaros.






3) Classe Crustacea : Os CRUSTÁCEOS têm o corpo dividido em cefalotórax e abdome, dois pares de antenas e número variável de patas. São os siris, caranguejos, lagostas e camarões, entre outros.



4) Classe Chilopoda : Os QUILÓPODES possuem o corpo alongado, com um par de patas por segmento e um par de antenas na cabeça. São as lacraias e centopéias.



5) Classe Diplopoda : Os DIPLÓPODES também apresentam o corpo alongado, mas com dois pares de patas por segmento. Também possuem um par de antenas. São os piolhos-de-cobra.



ORGANIZAÇÃO

A organização morfofisiológica dos artrópodes é extremamente diversificada.


Exoesqueleto


A existência de um esqueleto externo duro formado por um polissacarídeo denominado quitina é uma das razões do sucesso alcançado pelos artrópodes.



Ao contrário da cutícula fina e flexível dos anelídeos, os artrópodes possuem o exoesqueleto composto por uma cutícula grossa, responsável pela rigidez do corpo.




Sua porção externa é impermeável, sendo composta de proteínas e cera.



A porção interna, mais espessa, é formada por camadas de quitina e contém ainda pigmentos e carbonato de cálcio.



É totalmente acelular e secretado pela epiderme subjacente, estando ligado a ela.


A quitina que compõe o exoesqueleto é um material extraordinário. Pode constituir uma verdadeira armadura, como ocorre nos crustáceos (nos quais o exoesqueleto é impregnado com grande quantidade de sais de cálcio), mas se mantém fina e flexível nas juntas e articulações, facilitando os movimentos.




Como a quitina é rígida e impermeável, proporciona sustentação, proteção mecânica e atua contra a desidratação, o que representa uma importante adaptação à vida em meio terrestre. A quitina também é componente das peças bucais, das asas, de partes de vários órgãos sensoriais, e até mesmo da lente do olho do artrópode.




Entretanto, o exoesqueleto é inflexível, constituído por material não-vivo, e reveste completamente todo o corpo. Isso limita o crescimento do animal.



Para que um artrópode possa crescer, o esqueleto antigo deve ser periodicamente eliminado e substituído por outro mais novo e maior. A eliminação do velho esqueleto e formação de um novo é conhecida como muda ou ecdise. Neste processo, o animal secreta uma nova cutícula, bastante mole, e, depois de romper a velha cutícula através de uma fenda, sai de dentro dela. Enquanto a nova cutícula estiver mole e expansível, o animal cresce bombeando ar ou água para seu interior. Quando finalmente a cutícula endurece, ar ou água são substituídos por um real crescimento de tecidos.


A muda é perigosa, pois o animal que acabou de realizá-la torna-se vulnerável a predadores e também à perda de água, no caso dos animais terrestres. Assim, muitos artrópodes buscam refúgio até que a nova cutícula tenha endurecido.



O período entre duas mudas sucessivas é conhecido como intermuda, durante o qual o crescimento do animal é muito lento, feito às custas de proteínas e outros compostos orgânicos sintetizados, repondo os fluidos absorvidos após a ecdise.








O grande aumento de tamanho e peso ocorre no período imediatamente seguinte à muda, quando a cutícula mole pode ainda ser distendida.




Assim, o crescimento dos artrópodes tem uma certa continuidade, embora com variações de intensidade. A duração das intermudas torna-se maior à medida que o animal envelhece.


Alguns artrópodes, como as lagostas e a maioria dos caranguejos, continuam sofrendo mudas durante toda a vida. Outros, como os insetos e as aranhas, cessam as mudas quando atingem a maturidade sexual.



A muda é controlada por hormônios, como a ecdisona, secretados por glândulas especiais, e que circulam pela corrente sangüínea, atuando diretamente sobre as células epidérmicas. Há inclusive hormônios encarregados de regular a produção de ecdisona.



Músculos


A utilidade do exoesqueleto se estende à locomoção. Enquanto o movimento dos anelídeos depende dos músculos que atuam sobre o liquido celomático, nos artrópodes os músculos atuam sobre unidades esqueléticas rígidas adjacentes, funcionando como um sistema de alavancas.




O exoesqueleto é que fornece os pontos para a inserção muscular, com a ação antagônica, ou seja, cada estrutura corporal que se contrai sob ação de um músculo, distende-se pela ação de outro. Isso permite movimentos elaborados que facilitam a exploração do ambiente.




A ação do esqueleto, servindo de apoio à musculatura, lembra o que ocorre nos vertebrados; a diferença é que as peças esqueléticas são externas e não internas.


Um exoesqueleto é muito útil para animais pequenos, como os artrópodes. Para animais grandes, como os vertebrados, o esqueleto interno é mais eficiente, uma vez que um exoesqueleto seria muito pesado e de difícil locomoção.


Nutrição e Digestão



De forma geral, o tubo digestivo dos artrópodes é completo. Algumas variações podem surgir, dependendo do animal. Entre os insetos, por exemplo, o tubo digestivo é formado por:



1) boca;

2) faringe muscular;

3) esôfago curto, associado a glândulas salivares, produtoras de secreções que umedecem o alimento;

4) papo grande para armazenamento;

5) moela ou proventrículo para trituração mecânica;

6) estômago, ligado a cecos gástricos glandulares, que secretam sucos para a digestão química;

7) intestino, área de maior absorção alimentar;

8) reto, onde é feita a absorção final de água; e

9) ânus.



Nos aracnídeos, o tubo digestivo é pouco diferente, contendo um estômago sugador, operado por músculos, que atua na absorção dos fluidos corporais da presa, seguido de um estômago químico, onde é feita a digestão enzimática.


Respiração



Nos artrópodes, podem ser encontrados três tipos diferentes de estruturas respiratórias:
• as brânquias são típicas das formas que predominam nos ecossistemas aquáticos, os crustáceos. São constituídas por filamentos muito finos, repletos de vasos sangüíneos, e realizam as trocas gasosas diretamente da água. As brânquias ficam frequentemente alojadas em câmaras branquiais, permanentemente cheias de água, o que permite a respiração do animal mesmo quando está em terra. É por isso que siris e caranguejos podem se deslocar temporariamente pelo ambiente terrestre. O número de brânquias varia de acordo com o tipo de crustáceo.




• as traquéias formam um sistema de tubos aéreos, revestidos por quitina, que conduzem o ar diretamente aos tecidos do corpo. O fluxo do ar é regulado pela abertura e pelo fechamento de poros especiais situados no exoesqueleto, denominados estigmas. Existem em insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes. Na respiração traqueal, o sangue não participa; todo o transporte gasoso é feito pelas traquéias.




• as filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos, sempre existindo aos pares. Cada pulmão foliáceo é uma invaginação (reentrância) da parede abdominal ventral, formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas (lembrando as folhas de um livro entreaberto), altamente vascularizadas, realizam as trocas gasosas diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto. A organização das filotraquéias lembra a das brânquias, com a diferença de que estão adaptadas à respiração aérea. Algumas aranhas pequenas e os carrapatos têm, apenas, respiração traqueal.




Circulação


O sistema circulatório dos artrópodes é do tipo aberto, no qual o sangue deixa os vasos e passa a fluir por espaços livres entre os tecidos, as lacunas ou hemoceles.



O coração muscular fica situado dorsalmente e bombeia o sangue para todo o corpo. Aracnídeos e crustáceos possuem sangue quase incolor, contendo hemocianina como pigmento respiratório, responsável pelo transporte gasoso.




Insetos, quilópodes e diplópodes possuem o sangue totalmente incolor, denominado hemolinfa, desprovido de pigmentos e responsável apenas pelo transporte alimentar, uma vez que o oxigênio chega diretamente aos tecidos pelo sistema traqueal. Isso pode explicar o fato de, apesar da circulação aberta, com menor pressão sangüínea e fluxo mais lento, os movimentos serem rápidos.



Há uma completa independência entre respiração e circulação nos insetos.



Excreção


Os sistemas excretores dos artrópodes retiram excretas nitrogenadas das lacunas sangüíneas e, através de diferentes estruturas, eliminam-nos para o meio exterior. Estas estruturas são:
• os túbulos de Malpighi são típicos dos artrópodes terrestres, como os insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes. São tubos alongados que retiram excreta das hemoceles e descarregam-nos no interior do intestino, de onde são eliminados com as fezes.




• as glândulas coxais, típicas dos aracnídeos, são estruturas saculiformes de parede delgada que eliminam os resíduos através de dutos que se abrem nas coxas das patas.



• as glândulas verdes ou antenais existem nos crustáceos. Estão situadas na cabeça e eliminam os resíduos por meio de dutos que se abrem na base das antenas.




É comum também a eliminação de excretas através da superfície do corpo ou pelas brânquias.


O principal produto de excreção nitrogenada dos aracnídeos é uma substância chamada guanina.



Em crustáceos, a amônia é o principal produto de excreção e, nos insetos, o ácido úrico.



Ácido úrico e guanina são materiais de baixa toxidade e requerem pouca água para sua eliminação. Isso representa uma economia de água para o animal, constituindo-se em outra adaptação à vida em meio terrestre.



Sensibilidade


Há um alto grau de cefalização nos artrópodes, com um cérebro mais avantajado em relação aos celenterados por exemplo. Há também um grande desenvolvimento dos órgãos sensoriais, levando a padrões de comportamento mais complexos.




A estrutura do sistema nervoso é semelhante àquela encontrada nos anelídeos, ou seja, é ganglionar ventral. Há um par de gânglios cerebrais situados dorsalmente, de onde parte uma dupla cadeia ganglionar ventral, com pequenos gânglios segmentares. Estes controlam muitas atividades do animal e várias funções podem ser realizadas sem a presença do "cérebro".






Um caso extremo, mas muito ilustrativo, é o dos louva-a-deus. São insetos carnívoros entre os quais pode ocorrer canibalismo. A fêmea, geralmente maior, captura o macho que se aproxima para a corte e começa a degluti-lo, iniciando pela cabeça. O macho decapitado passa a ter fortes atividades motoras, escapa da fêmea e acasala-se com ela. Pesquisas demonstram que o macho decapitado é mais propenso a copular que o macho intacto. Depois do acasalamento, a fêmea pode completar a refeição.




Os receptores sensitivos dos artrópodes estão associados a modificação do exoesqueleto que, de outra maneira, serviria como barreira à detecção dos estímulos ambientais.




São comuns os pêlos sensitivos e cerdas que, quando se movem, estimulam receptores na sua base, estando colocado tanto no corpo quanto nas patas e antenas. Cavidades do exoesqueleto podem conter quimioreceptores ou estarem cobertas por membranas que captam vibrações. As antenas contem quimioreceptores e desempenham função olfativa e acústica.




A maioria dos artrópodes possui olhos, cuja complexidade é bastante variável. Embora existam animais com olhos simples, como aranhas, os olhos compostos de insetos e crustáceos despertam maior curiosidade. Um olho composto é formado por várias unidades denominadas omatídios, cada qual contendo uma pequena lente derivada da cutícula exoesquelética. A superfície exterior da lente é uma faceta geralmente hexagonal. Cada lente funciona como unidade fotoreceptora e forma um ponto da imagem.




Assim, a imagem total formada pelo olho composto resulta da soma das imagens formadas pelos omatídios excitados. Seria análoga àquela produzida em uma tela de televisão, onde é uma rede formada por pontos de luz. Um olho composto forma a chamada imagem em mosaico, na qual a imagem total resulta de pequenas peças colocadas umas ao lado das outras.




A vantagem do olho composto é a sua facilidade em detectar movimentos, uma vez que um ligeiro deslocamento, em um ponto de luz leva a um deslocamento correspondente nos omatídios estimulados.




Além disso, a disposição dos omatídios e o posicionamento dos olhos, nas laterais da cabeça, ampliam o campo visual. Isto é mais acentuado nos crustáceos, nos quais os olhos compostos são pedunculados. Pesquisas demonstram que os olhos mais eficientes são os que possuem número maior de omatídios, formando imagens melhores. Até mesmo discriminação de cores já foi demonstrada para muitos artrópodes, sobretudo crustáceos.




Os estatocistos são estruturas comuns nos crustáceos. Representam pequenos sacos quitinosos contendo pêlos sensitivos e pequenos grãos de areia, os estatólitos. O toque dos estatólitos nos pêlos produz estímulos que são conduzidos ao cérebro, permitindo o animal a determinação da posição em que se encontra e possíveis correções. São, portanto, estruturas que dão o sentido de equilíbrio, o que é particularmente útil em animais aquáticos.




Reprodução


Os artrópodes, em geral, são dióicos. As formas terrestres têm fecundação interna, utilizando apêndices modificados na copulação. Já as formas aquáticas podem realizar externa ou interna. A maioria das formas apresenta estágio larval, sendo o estágio adulto atingido através de metamorfose. Mecanismos de corte precedem a copulação em diversas formas.


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Filo Echinodermata:os Equinodermos



Os equinodermes (gr. echinos = ouriço + derma = pele) constituem um dos filos mais distintos e facilmente reconhecíveis do reino animal, sendo abundantes em todos os oceanos do mundo.





Os equinodermes são um grupo antigo, com abundante registo fóssil desde o Câmbrico. No entanto, tal como com outros filos dominantes, como artrópodes ou moluscos, os fósseis não indicam a origem ou o parentesco filogenético destes animais, sendo esses inferidos do estudo de animais vivos e do seu desenvolvimento embrionário.


Atualmente a larva dos equinodermes apresenta simetria bilateral e desenvolvimento deuterostómio típico, com uma metamorfose bastante complicada. Deste facto retira-se que os equinodermes ancestrais seriam igualmente animais com simetria bilateral e que a sua condição actual de animais radiados resulta de adaptação a um modo de vida séssil ou altamente sedentário, como em outros grupos animais (cnidários ou poríferos, por exemplo).


Dado que o único outro filo com estas características e um esqueleto interno é o filo Chordata, os equinodermes foram, durante muito tempo, considerados como tendo um ancestral comum com estes animais. Atualmente tal ideia foi posta de parte, não só devido a muitas diferenças importantes entre estes filos, mas também devido ao longo historial fóssil de ambos, onde nunca existem formas intermédias. Considera-se, portanto, que ambos os filos evoluíram por linhas separadas durante muito tempo.



São todos animais marinhos, grandes, nunca parasitas ou coloniais. Praticamente todos apresentam hábitos bentónicos e vivem permanentemente fixos ao substrato ou deslocam-se lentamente sobre ele. Os equinodermes apresentam uma grande variedade de formas: o corpo pode ser constituído por braços (estrelas do mar), ramificado e plumoso (lírios do mar) ou esférico a cilíndrico (ouriços e pepinos do mar).




A maior estrela-do-mar atinge 80 cm e o maior ouriço, de mares profundos, 30 cm. Uma espécie de holotúria atinge 2 m de comprimento, embora com apenas 5 cm de diâmetro. Um crinóide fóssil atingia, no entanto, 21 m de comprimento.



Neste filo existem formas predadoras, como as estrelas-do-mar, e formas herbívoras, como os ouriços-do-mar.



Os equinodermes são animais muito peculiares e grande parte daquilo que os distingue dos restantes invertebrados resulta das elaboradas divisões do celoma e do seu uso.




O seu celoma divide-se em 3 partes durante o desenvolvimento embrionário:


Sistema ambulacrário – também designado sistema vascular-hídrico, consiste num conjunto conspícuo de canais cheios de líquido (água do mar), que se manifesta á superfície sob a forma de pés ambulacrários.

Este é um sistema hidráulico (líquido sob pressão), que funciona na locomoção, alimentação e respiração, dependendo da classe de equinodermes (nas formas mais comuns, como estrelas-do-mar ou ouriços-do-mar, o sistema é principalmente locomotor).




Todos os sistemas ambulacrários apresentam um canal anelar em torno da boca, tubos radiais até aos pés ambulacrários com pequenas ventosas terminais e um tubo axial – canal pétreo -, que se dirige do canal anelar para uma placa madrepórica, localizada na zona aboral, que controla a pressão interna. Esta placa perfurada permite que líquido penetre no sistema, equilibrando as modificações de pressão e as perdas devidas a danos nos pés ambulacrários, pois o líquido deve sempre apresentar uma pressão positiva.


Na extremidade interna de cada pé ambulacrário existe uma ampola ambulacrária, musculosa, que injecta água no pé, fazendo-o distender-se. O funcionamento conjunto de todos os numerosos pés ambulacrários permite ao animal subir superfícies verticais, abrir conchas de moluscos de que se alimenta ou agarrar-se a rochas batidas pelas ondas.


Como defesa existem pés ambulacrários modificados, designados pedicelários, que podem conter substâncias tóxicas. Os pedicelários têm formas variadas, uns parecem garfos, outros pequenas garras, etc.;




Sistema peri-hemal – conjunto inconspícuo de canais internos que incluem cordões de tecidos. Este sistema, que é paralelo ao sistema ambulacrário, mas não é bem compreendido. Apresenta igualmente um órgão axial, formado por um alargamento de tubos. Pensa-se que este sistema pode estar envolvido no transporte de substâncias dissolvidas ou na produção de amebócitos para a defesa imunitária;




Celoma perivisceral – cavidade cheia de líquido que circunda os órgãos internos, provavelmente envolvida na excreção.



Apenas os cordados e os equinodermes apresentam esqueleto interno, cuja função é fornecer pontos de apoio aos músculos, proteger os órgãos internos e dar a rigidez necessária para que os pés ambulacrários operem durante a locomoção.




Nos equinodermes, este esqueleto é formado na derme e consiste em unidades calcárias separadas, designadas ossículos, que crescem juntamente com o animal.




Estas placas podem apresentar expansões que atravessam a derme e surgem á superfície – espinhos. Dado que estes espinhos não aparentam ser revestidos, surge a ideia que o esqueleto é externo. Na realidade, eles são cobertos por uma fina epiderme e fazem parte do esqueleto interno.



O sistema digestivo é completo, com a boca na face oral e o ânus na face aboral. Geralmente, em torno da boca existem “dentes” que no seu conjunto formam uma espécie de mandíbula interna designada lanterna de Aristóteles.



Algumas espécies podem evaginar parte do sistema digestivo, introduzindo-o no interior da carapaça de um bivalve, por exemplo, e realizando uma digestão parcial in situ, com a ajuda de enzimas digestivas. Ao fim de algum tempo passam o alimento quase liquefeito para o estômago, onde se completa a digestão.


Muito incomum para um filo considerado avançado, os equinodermes não apresentam sistema nervoso centralizado.


Este é pouco desenvolvido e composto por diversos cordões paralelos ao sistema ambulacrário, unidos num anel circumbucal.

Não existe cérebro nem gânglios, tal como órgãos dos sentidos, de modo geral. A recepção sensorial é feita através de células não especializadas da epiderme.






Geralmente não existem igualmente sistemas excretor, circulatório e respiratório, o que também é incomum para animais tão grandes.


A excreção deve ser realizada por amebócitos do líquido celómico perivisceral, que têm a capacidade de fagocitar substâncias e de sair do celoma para os tecidos circundantes.




A ausência de órgãos excretores implica que estes animais não apresentam qualquer capacidade osmorreguladora, obrigando-os a serem animais unicamente marinhos.




A respiração pode ser realizada por pés ambulacrários ou por alguma projecção do celoma perivisceral, como as brânquias dérmicas das estrelas-do-mar ou as árvores respiratórias das holotúrias. Os gases difundem-se para e são transportados pelo corpo pelo líquido celómico.

Na ausência de sistema circulatório, líquido celómico substitui igualmente o sangue, transportando nutrientes pelo corpo.


O corpo dos equinodermes apresenta duas superfícies principais, uma com a boca e geralmente virada para o substrato – superfície oral – e outra contendo o ânus – superfície aboral.


Apenas os crinóides apresentam a face aboral para o substrato e as holotúrias estão deitadas sobre um lado.


Com poucas excepções, os equinodermes apresentam os sexos separados. Não existem órgãos copulatórios, nem diferenças externas entre os sexos.

A fecundação é externa e, para maximizar a probabilidade de fecundação, a libertação de gametas por um indivíduo estimula a libertação de todos os animais da área.



As larvas são o principal meio de dispersão da espécie pois a maioria dos adultos são sésseis, enquanto a larva é de natação livre.




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FILO MOLUSCA: MOLUSCOS


Introdução


Os moluscos (lat. mollis, mole) têm corpo mole, consistindo tipicamente de uma cabeça anterior, um pé ventral e uma massa visceral dorsal.



O corpo é mais ou menos coberto por um manto fino, carnoso e comumente abrigado em uma concha calcaria externa.




O filo compreende sete classes de aspectos e hábitos diferentes: Neopilina (Classe MINOPLACOPHORA), os quítons (POLYPLACOPHORA), os solenogastros (APLACOPHORA), dentálios (SCAPHOPODA), caramujos, caracóis e lesmas (GASTROPODA), mariscos, ostras e outros bivalves (BIVALVIA) e os náutilos, lulas e polvos (CEPHALOPODA).


Apesar das diversas classes diferirem ente si, a maioria dos moluscos tem em comum uma serie de caracteres anatômicos e fisiológicos peculiares ou característicos do filo.




Os moluscos viventes mais primitivos – quítons, solenogastros e monoplacóforos – e a maioria dos moluscos viventes, presumivelmente também as formas ancestrais, são animais que se locomovem lentamente e que vivem sobre o substrato em ambientes aquáticos.



O filo MOLLUSCA é o segundo maior filo animal com mais de 80.000 espécies viventes e é um grupo importante da linha evolutiva dos invertebrados protostômios. Os moluscos são de larga distribuição no tempo e no espaço, tendo um registro contínuo desde o Cambriano; muitos são abundantes como indivíduos e são ecologicamente importantes.





Apesar da maioria ser marinha, muitos caramujos e lesmas invadiram os ambientes de água doce e terrestre. Junto com os artrópodes, os moluscos apresentam adaptações ao maior número de habitats de todos os invertebrados. A maioria dos moluscos é de vida livre, movendo-se lentamente e apresentando uma relação íntima com o substrato. Alguns aderem a rochas, conchas ou madeira, alguns cavam, outros flutuam e as lulas e polvos podem nadar livremente.



De maior importância econômica são os mariscos, ostras, lulas, e outros que servem como alimento humano e alguns bivalves que produzem pérolas. Alguns caracóis e lesmas são pestes agrícolas e se alimentam de plantas cultivadas, certos caramujos de água doce são hospedeiros intermediários de vermes parasitos, um grupo de bivalves de água doce tem larvas parasitas de peixes e os teredos danificam navios e portos de madeira. A malacologia é a ciência que estuda os moluscos; a conquiliologia é o estudo de conchas, especialmente aquelas dos moluscos.




A coleção de conchas é um passatempo popular e tem contribuído significativamente para o conhecimento dos moluscos. Conchas fósseis encontram-se freqüentemente bem conservadas e servem como indicadores úteis das épocas geológicas antigas



Caracteres Gerais
- Corpo geralmente curto e parcial ou totalmente circundado por uma formação carnosa da parede do corpo chamada manto e que pode ser modificada de varias maneiras; entre o manto e a massa viceral existe uma cavidade do manto contendo os componentes de diversos sistemas (secundariamente perdidos em alguns grupos).




- Uma concha, quando presente, secretada pelo manto e composta de uma, duas ou oito partes; cabeça e o pé muscular ventral próximos, sendo o pé modificado de diversas formas para rastejar, cavar, nadar ou capturar alimento.
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- Trato digestivo completo, complexo, com tratos ciliados para selecionar partículas pequenas; boca com rádula apresentando fileiras transversais de diminutos dentes quitinosos para raspar alimento (exceto BIVALVIA); ânus abrindo-se na cavidade do manto; uma glândula digestiva grande e freqüentemente glândulas salivares.
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- Sistema circulatório aberto (exceto nos CEPHALOPODA), incluindo tipicamente um coração dorsal com um ou dois átrios e um ventrículo, usualmente em uma cavidade pericárdica, uma aorta anterior e outros vasos e muitos espaços sanguíneos (hemocelos) nos tecidos.




- Respiração através de um a muito ctenídios de estrutura peculiar (brânquias) no interior da cavidade do manto (secundariamente perdidos em alguns), pela cavidade do manto ou pelo manto.




- Excreção por rins (nefrídios), geralmente ligados à cavidade pericárdica e terminando na cavidade do manto; celoma reduzido às cavidades dos nefrídios, gônadas e pericárdio.



- Sistema nervoso tipicamente com 1 anel nervoso circunfaríngeo com vários pares de gânglios e dois pares de cordões nervosos, 1 par inervado o pé e o outro, a massa visceral; muitos com órgãos para o tato, olfato ou gosto, manchas ocelares ou olhos complexos e estatocistos para o equilíbrio.



- Sexos geralmente separados (alguns monóicos, poucos protrândricos), com ductos; fecundação externa ou interna; a maioria ovíparos; clivagem do oco determinada, espiral, desigual e total (meroblástica nos CEPHALOPODA); larvas trocófora e véliger desenvolvimento direto (PULMONATA, CEPHALOPODA)



- Não-segmentados (exceto MONOPLACOPHORA); simetria bilateral.
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Conchas:



Como um dos aspectos característicos dos moluscos, o manto forma a concha, os sifões e também a cavidade do manto. Nos caracóis terrestres, a cavidade do manto é vascularizada e funciona como um pulmão. A concha dos moluscos é composta por uma camada externa de matéria protéica chamada perióstraco e por duas camadas de carbonato de cálcio, uma camada prismática mediana e uma camada nacarada interna.



A margem externa do manto apresenta dois sulcos, sendo o externo o sulco periostracal e que secreta o perióstraco. As células próximas à margem do manto secretam a camada prismática enquanto que toda a superfície externa do manto secreta a camada nacarada.



Com isso, a concha cresce em comprimento em suas margens e a espessura aumenta em toda a sua extensão. O sulco interno da margem do manto é limitado por dois lobos, sendo o interno muscular e responsável pela formação de sifões quando estes estão presentes.




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Você Conhece as Aranhas Venenosas do Brasil?




Quais são as aranhas venenosas do Brasil?



Das milhares de espécies existentes no Brasil, poucas oferecem perigo ao homem. No entanto, algumas espécies, abaixo apresentadas, podem provocar envenenamento, com acidentes eventualmente fatais, principalmente em crianças.





Phoneutria sp. (armadeira)
As aranhas armadeiras possuem cor cinza ou castanho escuro e pelos curtos no corpo e nas pernas. Próximo aos ferrões os pelos são vermelhos. Quando adultas, chegam a atingir até 17 cm de comprimento, incluindo as pernas. O corpo tem de 4 a 5 cm. Não fazem teias, são errantes e solitárias, podendo ser encontradas em lugares escuros, vegetação (cachos de bananas, por exemplo). Podem entrar por debaixo das portas das residências, escondendo-se dentro de calçados. Geralmente à noite saem para caçar. São muito agressivas e assumem postura ameaçadora, "armando o bote", de onde vem seu nome. São comuns os acidentes, podendo ser graves para crianças menores de 7 anos. O sintoma predominante é uma dor intensa no local da picada. O tratamento em geral consiste de aplicação local de anestésico e, em casos graves, de aplicação do soro antiaracnídico.





Loxosceles sp. (aranha marrom)
Possui cor amarelada, sem manchas. Chega a atingir de 3 a 4 cm, incluindo as pernas. O corpo atinge de 1 a 2 cm. Os pêlos são poucos, curtos, quase invisíveis. Essas aranhas vivem em teias irregulares, semelhantes a um lençol de algodão, construídas em tijolos, telhas, tocos de bambu, barrancos, cantos de parede, garagens, geralmente em lugares escuros. Não são agressivas e os acidentes são raros, porém geralmente graves. Os primeiros sintomas de envenenamento são uma sensação de queimadura e formação de ferida no local da picada. O tratamento é feito com soro antiaracnídico ou antiloxoscélico.






Outras aranhas de interesse médico:




Lycosa sp. (aranha de grama)
Possui cor acinzentada ou marrom, com pêlos vermelhos perto dos ferrões e uma mancha escura em forma de flecha sobre o corpo. Atinge até 5 cm de comprimento, incluindo as pernas. O corpo atinge de 2 a 3 cm. Vivem em gramados e residências. Os acidentes são freqüentes, porém não são graves, não necessitando de tratamento com soro.







Caranguejeiras (diversos gêneros)
As caranguejeiras são aranhas geralmente grandes, com pêlos compridos nas pernas e no abdômen. Embora sejam muito temidas, os acidentes com elas são raros e sem gravidade, e por isso não se produz soro contra seu veneno.








Latrodectus sp. (viúva negra)
Possui cor preta, com manchas vermelhas no abdômen e às vezes nas pernas. São aranhas pequenas: a fêmea tem de 2,5 a 3 cm (o corpo com 1 a 1,5 cm) e o macho é de 3 a 4 vezes menor. Vivem em teias que constroem sob vegetação rasteira, em arbustos, plantas de praia, barrancos, etc., em lugares escuros. Conhecem-se no Brasil apenas alguns acidentes de pequena e média gravidade, não se produzindo soro contra as espécies brasileiras.
As aranhas que constroem teias aéreas de forma geométrica (circular, triangular, etc.), como as espécies de Nephila e outras, não oferecem perigo, mesmo quando são de tamanho grande.




Fonte: Instituto Butantan




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9 coisas que você não sabia sobre... conchas


1) Não é impressão, o número delas nas praias está diminuindo. A causa é a poluição, que mata os moluscos. A concha nada mais é do que seu esqueleto, à base de carbonato de cálcio, mas, ao contrário do homem, fica do lado de fora, protegendo seu corpo mole.




2) A reprodução varia de acordo com a espécie. A maioria tem órgão copulador (pênis ou vagina), mas há grupos, como o das conchas terrestres, que são hermafroditas. Outras nascem machos e, na fase adulta, se tornam fêmeas. O motivo é prático: as fêmeas maduras podem contar com os machos jovens à volta.




3) As Filipinas são o reino das conchas. Há 10 mil espécies marinhas; no Brasil, há cerca de 1.600. A maior concha de nosso litoral é a Strombus goliath, popularmente conhecida como "orelha de elefante", com 35 cm. Vive no Nordeste a 2 m de profundidade.


4) A maior do mundo é a Tridacna gigas, encontrada na Austrália. Tem 1 m, 140 kg e chega a 50 anos. A longevidade está relacionada ao tamanho da concha.




5) As da família Cypraeidae, da qual faz parte o búzio, são as preferidas dos colecionadores, pois são brilhantes como uma jóia. O búzio era utilizado na África Oriental como moeda (se chama Cypraea moneta). Uma esposa custava 20 mil conchas.



6) Toda concha produz pérolas, mas nem todas despertam interesse comercial. A que produz a usada em brincos e colares se chama Pinctada margaritifera e curiosamente é uma das mais feias: é preta, com estrias de crescimento e, quando jovem, possui ondulações pronunciadas que lembram pêlos.




7) Há as venenosas. As do gênero Conus têm um arpão na boca. Ao atingir o peixe, e até mesmo o homem, ataca o sistema nervoso central, matando na hora. Existem em todo o mundo em águas rasas e em grandes profundidades. As mais venenosas são encontradas na região tropical do Pacífico.



8) O imperador do Japão Hirohito (1901-1989) tinha uma das maiores coleções de conchas do mundo. Diz a lenda que a primeira concha que os pescadores traziam das profundezas era oferecida a ele. Cleópatra era outra apreciadora desse tipo de "jóia".




9) O barulho do mar escutado quando se coloca uma concha no ouvido é o ruído do ambiente reverberado lá dentro; isso inspirou a construção de teatros ao ar livre em formato de concha porque concentram e distribuem o som produzido no palco de forma homogênea e amplificada para a platéia.



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